sábado, 21 de fevereiro de 2009

PECADO VOLUNTÁRIO E PECADO ACIDENTAL

Pecado voluntário é o mesmo que intencional cometido por falta de temor pelas suas consequências. É certo que, se o indivíduo comete atos para satisfazer às suas conveniências, seus desejos, consciente daquilo que está praticando, dois fatores justificariam isso, quais sejam: não ter a certeza da realidade e da importância de seu espírito e não conhecer, e se conhecer, não temer pelas advertências contra tais atos. Assim sendo já não vê motivo para se preocupar com um mau que não acredita lhe suceder no futuro após a morte. É o caso dos que pensam em gozar a vida enquanto puder, por achar que depois da morte nada mais resta. O interessante nisso é que entre estes que pensam assim estão os que se dizem cristãos entre eles, até mesmo evangélicos frequentadores dos cultos, a exemplo dos frequentadores das missas.
Até que os fiéis, frequentadores de missas, tem seus motivos por falta de um conhecimento aprofundado da questão, mas os clérigos estão na mesma situação dos fiéis; seus sermões são superficiais oriundos da arquidiocese, por meio de uns micro-jornaisinhos que servem para os fiéis acompanhar o ritual, cujos mesmos quando entram na questão teológica é para falar do amor de Deus e de uma salvação duvidosa; fala do amor de Deus sem se preocupar com a sua justiça; ao enfatizar Jesus que quem crer, segundo às suas determinações, será salvo, mas quem não crer será condenado, e aqui vai uma pergunta: há realmente esse temor pela condenação entre os que pecam conscientemente, satisfazendo seus desejos e caprichos? Por que não questionam esse assunto? Certamente por isso não interessar aos fiéis e muito menos aos clérigos, por quê? Certamente por causa da dúvida relativa à realidade e à importância do espírito, bem como do tipo de salvação e o de condenação, apregoados por Jesus e seus discípulos.
Após essa avaliação, vamos, contudo, entrar no mérito da questão relativa às consequências do pecado, do ponto de vista da doutrina cristã, aludindo a I carta do apóstolo João, no cap. 3 vercs. 1-11, que trata os arrependidos, perdoados como filhos de Deus e os pecadores por filhos do diabo; mas que pecados são estes que tornam o indivíduo filho do diabo? Ele mesmo responde em outro trecho que há pecado para a morte por cujo tal recomenda a que não oremos; deixando-nos a entender que há pecado que não é para morte, embora recomende a que não pequemos, mas se porventura pecarmos temos um advogado no Céu. Diante dessa dissertação, cabe-nos entender que o pecado para o qual cabe recurso pelo perdão de Deus, é o pecado acidental, qual seja, aquele praticado por talvez até violenta emoção ou descuido, a depender do momento, sabendo-se que o diabo está sempre a procura do momento de “passar uma rasteira” no servo de Deus, ao qual Jesus recomenda orar e vigiar. Ao livrar da morte aquela mulher, Jesus disse: “vá e não peques mais”, o mesmo ele recomendou àquele do tanque de Betesda ao recomendar: “vá e não peques mais para que coisa pior não te aconteça”. Quanto aos cristãos, os filhos de Deus, somos pecadores sim, mas arrependidos, porque do contrário, se continuarmos pecando conscientes, o Diabo estará aí, torcendo por isso para adotar.
No Velho Testamento o profeta diz que o pecado faz separação entre a criatura e o Criador, razão porque as recomendações a que não pequemos são muitas e contundentes, no Novo Testamento, principalmente nas cartas; razão pela qual o que os que primam pelas promessas do Reino do Senhor Jesus, tudo o que mais tem é que temer por essa separação; o que podemos fazer, se abstendo da prática de tal coisa, por mais que as nossas conveniências nos impulsionem. Afinal, convenhamos, pecado é pecado, e tal coisa tira a filiação de Deus e o entrega à filiação do Diabo, como afirma João, o teólogo que conviveu com o Senhor Jesus, que nada deve aos “teólogos” de hoje, entre os quais, os que descartam a fé apregoada por ele e por Jesus, pela qual podemos interagir com o seu amor e poder, na concessão de algo além do que Deus nos dá espontaneamente. Acreditemos e nos inspiremos na sua promessa de nos conceder tudo aquilo que pedirmos, segundo as nossas necessidades; até porque ao pedir algo, estamos orando e exercitando a nossa fé, com a qual podemos e queremos agradar a Deus; que tudo sabe, tudo vê e tudo pode. A mim, este narrador, particularmente não interessa outro teólogo, inclusive os que têm por objetivo descartar com suas filosofias a fé, essa preciosidade imensurável e incomparável equilibrada entre as promessas e as advertências do Rei dos reis, para os que lhe servem por amor e temor, confiando-lhe a nossa sorte, a nossa felicidade no presente e principalmente para o futuro; tendo em vista as suas infalíveis promessas de vida eterna em seu Reino.
Conclusão: que os crentes não pequem conscientes e se cuidem, vigiem para não pecar mesmo acidentalmente para não correrem o risco de perder a paternidade de Deus e se tornar filho do impostor. Creio que essa é a mensagem que a igreja está precisando ouvir.

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